Motorista de carreta que provocou acidente com 39 mortos cometeu série de irregularidades, diz Polícia Civil de Minas Gerais
Arilton Bastos Alves, motorista da carreta que provocou o acidente, está preso desde terça-feira (21) no Centro de Detenção Provisória de São Domingos do ...
Arilton Bastos Alves, motorista da carreta que provocou o acidente, está preso desde terça-feira (21) no Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte, no Espírito Santo. Ínquérito da Polícia Civil de Minas Gerais mostra que motorista que provocou acidente com 39 mortes cometeu várias irregularidades Um inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais mostrou que o motorista de uma carreta que provocou um acidente com 39 mortos cometeu uma série de irregularidades. Arilton Bastos Alves, motorista da carreta que provocou o acidente, está preso desde terça-feira (21) no Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte, no Espírito Santo. A carreta bitrem seguia com dois blocos de quartzito: um de 30,5 toneladas e o outro de quase 38. Somando com a cabine e os dois semirreboques, chegava a 91 toneladas - quase o dobro do permitido pela legislação de trânsito. O tacógrafo, equipamento que registra dados de veículos, indicou que, durante a viagem, a carreta chegou a atingir 132 km/h. No local do acidente, estava a mais de 90 km/h, onde o máximo é de 80 km/h. Motorista de carreta que provocou acidente com 39 mortos cometeu série de irregularidades, diz Polícia Civil de Minas Gerais Jornal Nacional/ Reprodução Segundo a polícia, a carga estava mal acondicionada. Uma das pedras se soltou e bateu no ônibus, provocando o incêndio. O carro que estava atrás do ônibus bateu na traseira da carreta. Trinta e nove pessoas morreram. Arilton Bastos Alves fugiu do local do acidente, no dia 21 de dezembro de 2024, na BR-116, em Teófilo Otoni. Ele se apresentou à polícia dois dias depois e foi liberado. O acidente aconteceu no dia 21 de dezembro de 2024, na BR-116, em Teófilo Otoni (MG) Jornal Nacional/ Reprodução Durante o depoimento naquele dia, Arilton Bastos Alves admitiu que não tinha o costume de verificar o peso das cargas que transportava. Ele também cedeu material biológico à polícia. Exames toxicológicos concluíram que, no dia do acidente, o motorista dirigia sob o efeito de um ansiolítico, um antidepressivo, além de álcool, cocaína e ecstasy. Depois do laudo, a Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva do motorista. "Muito além de desrespeitar regra técnica da sua profissão, ele adotou comportamento que aceitou aquele resultado. Talvez pelo estado psíquico, ele aceita aquele resultado. O conjunto de prova demonstra que ele teve desprezo pela vida alheia e o resultado foi muito trágico e um dos piores das nossas rodovias", afirma Amaury Tomaz de Albuquerque, delegado da Polícia Civil de MG. A defesa de Arilton Bastos Alves declarou que vai recorrer; que os exames não atestaram categoricamente o uso de álcool e de drogas; e que não existem elementos para justificar a prisão preventiva. LEIA TAMBÉM Uso de drogas, carreta sobrecarregada e alta velocidade: veja o que se sabe sobre acidente que causou 39 mortes em MG 'Pedra de granito entra como tanque de guerra no ônibus', diz delegado sobre acidente com 39 mortes